segunda-feira, 16 de março de 2015

O poder transformador das Redes

No final de janeiro a vila de Serra Grande recebeu a segunda edição do Festival Esperança Conduru e um dos assuntos que integrou a programação foi “o poder transformador das redes”. No mini-curso, ministrado por Evelyn Araripe (Arapyaú), Raquel Davi (Rede Dragon Dreaming Brasil e Projeto Florescer) e Thomas Ufer (CoCriar), tivemos a participação de 10 pessoas que trouxeram as suas experiências, questionamentos e sonhos sobre a atuação em rede.


Não há dúvidas de que atuar em rede é importante. As redes têm o potencial de fortalecer relações, dar escala a ideais e ajudar a economizar energias e evitar que muita gente gaste tempo e recursos para fazer as mesmas coisas. Mas se a gente sabe que as redes têm toda essa força, porque ainda é tão difícil atuar em rede?

Com essa provocação na cabeça fizemos um World Café concentrado em três perguntas:

O que a gente entende como rede?

Qual o poder transformador das redes?

Quais valores e principios são importante para se trabalhar em rede?


Na primeira questão ficou claro que a maioria dos participantes tinha um entendimento comum sobre as redes: são espaços não hierárquicos onde há um objetivo comum a ser alcançado por diferentes pessoas e instituições. Palavras como inclusão, integração, descentralização e autonomia foram comuns entre os três grupos.

Já na questão “qual o poder transformador das redes” o que ficou muito forte foi a importância do fazer junto, do poder do coletivo. Thomas Ufer deu um exemplo ótimo que foi repetido ao longo de todo o encontro de que o desafio das redes é ser “mais eco e menos ego”, ou seja, parar de olhar só para o seu lado (ego) e pensar e agir em prol do coletivo (eco). Além disso, foi destacado como atuar em rede também é uma maneira de valorizar potenciais individuais para o coletivo.


Por último, na questão sobre princípios e valores para se atuar em rede, a chuva de ideias foi grande e diversa. Mas o que ficou muito forte é que atuar em rede envolve elementos como o saber ouvir, atuar com transparência, compartilhar responsabilidades e buscar um caminho do meio onde todos se sintam confortáveis em atuar juntos em prol de uma causa coletiva.


Além dessas três rodadas de discussões em torno das perguntas, o grupo ainda trouxe temas que não foram muito abordados nas conversas, mas que ainda queriam levantar. O principal deles foi a questão das “hierarquias naturais” que acabam se formando em rede, ou seja, grupos ou indivíduos que acabam assumindo o papel de referência, facilitador, porta voz ou até mesmo coordenador em um espaço que deveria ser totalmente horizontal. As principais conclusões foi a de que é natural que em rede as pessoas tenham formas de dedicação diferente e que algumas, com mais disponibilidade para aquele espaço, assuma um papel de referência e que precisamos saber lidar melhor com estas situações. Ou seja, não cobrando ou criticando, mas valorizando e potencializando as diferentes dedicações que cada integrante pode dar àquela rede naquele momento.

No mais, também foi levantada a questão de se as redes precisam de recursos financeiros para existir. A conclusão foi a de que em muitos caso, dependendo do objetivo final da rede, ela vai sim necessitar investir recursos e não há problema nisso e que também aprender a falar sobre isso e buscar as melhores fontes para se financiar necessidades das redes é necessário nestes espaços.

Processo Seletivo - 04 técnicos de nível superior para atuação no Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Território Litoral Sul

Processo seletivo para contratação de 04 técnicos de nível superior para atuação no Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Território Litoral Sul.
As inscrições serão presenciais no período de 23 a 27 de março de 2015 na sede do CDS-LS, com vagas destinadas a profissionais com formação nas áreas de Agronomia, Ciências Biológicas, Engenharia Florestal, Engenharia Sanitária, Engenharia Ambiental e, ou Curso Superior com Experiência na Área de Licenciamento Ambiental.

Edital completo

sexta-feira, 13 de março de 2015

Reunião Ordinária do CG do PESC

Prezados,

Segue convite para a Reunião Ordinária do Conselho Gestor do Parque Estadual da Serra do Conduru, agendada para o dia 26/03/2015.

Att.

Marcelo Barreto
Gestor do Parque Estadual da Serra do Conduru  - PESC
Diretoria de Unidades de Conservação – DIRUC
Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – INEMA / BA


Apoio Google

Prezados, achei interessante compartilhar com vocês essa informação!

Forte abraço,

Luciane



O Google quer ajudar ONGs brasileiras, padronizando as ferramentas de comunicação e diminuindo gastos das entidades através do projeto Google para Organizações sem Fins Lucrativos. Lançado nesta quarta-feira (10) o programa dá acesso gratuito às ferramentas e extensões de negócios (serviços pagos) da companhia, como YouTube Premium e Gmail com domínio da organização. Além disso, a empresa oferecerá U$10.000 mensais para uso no AdWords. O programa não tem limite de inscritos e beneficiados, mas é necessário comprovar a elegibilidade e o registro da entidade a ser beneficiada.

O projeto teve início em 2011 nos Estados Unidos e é o 14˚ programa para organizações sem fins lucrativos lançado fora dos Estados Unidos. No Brasil ele é feito em parceria com a TechSoup Brasil, um portal de tecnologia para ONGs.

Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, afirma que a empresa se preocupa em ajudar a sociedade. “A democratização do acesso fará da nossa sociedade melhor, seremos mais caridosos, mobilizados e articulados. Melhor em todos os sentidos”, disse. Segundo ele, a tecnologia do Google ajudará na melhoria das operações destas organizações, fazendo elas alcançarem mais doadores e voluntários, além de melhor difundir seus ideais, cortando custos e causando um impacto maior na sociedade.

Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, durante lançamento do projeto. Foto: Google

As ferramentas oferecidas pela iniciativa já são comuns para empresas, mas não são gratuitas. O Google oferecerá os mesmo serviços, incluindo o suporte 24h por dia, sete dias por semana que fornece às empresas sem nenhum valor adicional para as organizações. Elas terão acesso ao YouTube Premium, que permite, por exemplo, que um Google Livestream, serviço para vídeos ao vivo, seja feito — uma organização poderia fazer um chat em vídeo ao vivo para divulgar os valores da empresa ou explicar como alguém pode se tornar um voluntário, por exemplo. E isso sem nenhum custo adicional.

Além do Livestream, as organizações também terão acesso ao Gmail com o domínio da empresa (sem limite de usuários), mais espaço para o Google Drive, entre outros.

Entretanto, o mais interessante destes serviços são os U$10.000 dólares que a empresa disponibilizará no AdWords para as organizações. Desta forma, elas poderão alcançar mais voluntários e doações — e as que obtiverem bons resultados serão premiadas com mais U$30.000 mensais, somando U$40.000 dólares por mês para divulgar a entidade.

A Worldfund, organização sem fins lucrativos que auxilia no ensino da língua inglesa e de aplicação de outras disciplinas de forma não convencional em escolas da América Latina , foi a escolhida para exemplificar como as ferramentas do Google podem melhorar o dia a dia da entidade.

Kelly Maurice, diretora da filial brasileira, afirma que os projetos se tornaram muito mais integrados graças às ferramentas e custos com ligações internacionais foram eliminados a partir do momento que o Hangouts se tornou padrão. “Foi muito inovador, poupou muito dinheiro e aumentou a produtividade”, conta. Ela explica que o Hangouts, serviço de mensagens instantâneas do Google, auxiliou no corte de gastos. Ao padronizar o uso dele em todas as filiais do mundo, a entidade eliminou o custo com ligações internacionais.

Paulo Rogério Nunes, representante do Instituto Mídia Étnica, organização cujo objetivo é divulgar notícias relacionadas à cultura afro na mídia, veio diretamente de Salvador para conhecer a iniciativa e acredita que ela pode servir de exemplo para outras empresas. “No exterior é comum este tipo de projeto no qual grandes empresas não buscam lucro, mas o retorno social”, diz. “No Brasil este tipo de coisa ainda engatinha, então, eu espero que esta iniciativa do Google abra portas para outras empresas seguirem os mesmos passos”.

Não há limite para inscritos e nem hora para o programa acabar — é preciso apenas comprovar os registros sociais da entidade para aderir ao programa. Para se inscrever, é preciso fazer um cadastro com a TechSoup Brasil, para depois se cadastrar no Google para Organizações sem Fins Lucrativos.

quinta-feira, 12 de março de 2015

VIII ENCONTRO DE ARTESÃOS DA BAHIA

· Recepção dos artesãos com música
· Abertura com Autoridades
· Palestra do SEBRAE - “Renovar para Empreender”
· Almoço
· Palestra da Coordenação de Artesanato da SETRE (antigo Mauá) - a proposta é esclarecer as mudanças na gestão do Mauá, demonstrando que elas não atrapalharão as ações já realizadas pelo parceiro
· Encerramento

SALVADOR/BA - 19/03 (DIA DO ARTESÃO)

Os interessados em Ilhéus e região devem procurar o SEBRAE para mais informações.


Abertas as inscrições para espaços exibidores do Circuito Tela

Divulgando!

 Raquel
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Segunda, 09 Março 2015 16:30

Audiovisual
Abertas as inscrições para espaços exibidores do Circuito Tela Verde

Interessados em exibir os filmes têm até 24 de abril para se cadastrar

Por: Tinna Oliveira
Editor: Marco Moreira

Após a seleção dos vídeos socioambientais da 6ª Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente – Circuito Tela Verde, chegou a vez de cadastrar as instituições que queiram exibir os filmes. Os interessados devem preencher o formulário de inscrição até o dia 24 de abril no site do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
As instituições receberão um kit composto por um guia que traz orientações e sinopses dos filmes, cartazes e adesivos para identificação dos espaços exibidores e DVD’s contendo os vídeos selecionados. Podem participar: instituições de ensino, organizações não governamentais (ONGs), cineclubes, empresas, espaços educadores tais como salas verdes, coletivos educadores, pontos de cultura, bibliotecas ou associações de bairro, cooperativas, núcleos da sociedade civil organizada, aldeias indígenas, entre outros.

Mesmo que uma instituição tenha participado de edições anteriores, será necessário fazer o cadastro nesta sexta edição. A princípio, todas as inscrições recebidas serão cadastradas como espaços exibidores. As inscrições apenas serão submetidas à seleção, caso haja uma grande demanda e o material a ser distribuído não seja suficiente.

CONTEXTO
Na última edição, mais de 1.300 espaços exibiram os filmes do Circuito Tela Verde. O MMA divulgará, após o encerramento do prazo de inscrições, a lista dos espaços cadastrados. Foram selecionados 21 vídeos com temática socioambiental para a 6ª edição, além de 40 curtas de animação sobre resíduos sólidos, selecionadas pelo edital “Curta Animação 2013”, fruto de parceria entre a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC) e o MMA.

O Circuito Tela Verde tem como objetivo divulgar e estimular atividades de educação ambiental, por meio da linguagem audiovisual, e fomentar a construção de valores culturais comprometidos com a sustentabilidade socioambiental. O material divulgado também pode ser usado em diversos processos educativos. É uma iniciativa do MMA, coordenada e executada pelo Departamento de Educação Ambiental.

Contato para esclarecimento de dúvidas (61) 2028-1207
Interessados em exibir os filmes têm até 24 de abril para se cadastrar

quarta-feira, 11 de março de 2015

Má conduta de mineradora faz comunidade ser envenenada

Lançamento da Cartilha de Financiamentos para Pequenos e Médios Produtores Rurais

Encaminhando...

Stella Tomás



Prezados Associados,

Gostaríamos de informar que no dia 04/03/2015 o CEBDS fez o lançamento da Cartilha de Financiamentos para Pequenos e Médios Produtores Rurais com viés sustentável. A cartilha pode ser obtida diretamente no site do CEBDS ou clicando aqui.

O lançamento foi realizado em parceria com o Pacto Global da ONU em seu evento sobre agricultura sustentável na Fundação Espaço Eco.

A cartilha foi desenvolvida pelo Grupo de Trabalho 4F – GT4F (agricultura sustentável) e tem como objetivo levar conhecimento sobre diversas linhas de financiamentos existentes no país, de origem governamental e privada, nacional ou estadual, aos pequenos e médios produtores rurais. Com isso espera-se colaborar para que se aumente o acesso dos produtores a essas informações melhorando consequentemente sua produtividade e qualidade de vida. O foco das linha endereçadas envolvem financiamento para agricultura de baixo carbono, regularização ambiental, mudanças no sistema produtivo com estimulo a adoção de técnicas como integração Lavoura Pecuária Floresta – iLPF.

A cartilha, disponibilizada em meio digital, será enviada ao maior número possível de instituições que se relacionem direta/indiretamente com os pequenos e médios produtores, de forma a atingi-los.

Pedimos aos nossos associados que nos ajudem na distribuição desse material, originalmente pensamos em enviar a cartilha diretamente para as instituições mencionadas no arquivo anexo. Desse modo pedimos a vocês que verifiquem se deixamos alguma instituição chave de fora e se tem indicações dos melhores contatos para enviarmos dentro das previstas na lista.

As instituições que tiverem interesse tem liberdade para imprimir o material e fazer sua própria divulgação. Nesse caso é permitido a mesma que coloque sua logo na contracapa com o texto “impresso por” ou “Apoiado por”. A versão para gráfica está disponível aqui.

Estamos a disposição para quaisquer dúvidas e/ou esclarecimentos que se façam necessários.

Atenciosamente,

André Ramalho
Assessor Técnico
Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável
Brazilian Business Council for Sustainable Development (BCSD Brazil)


http://cebdsnoip.no-ip.info/dados/CTBio/CARTILHA_GT4F_COMPLETA_ALTA.pdf

Curso Gerenciamento Costeiro, em Ilhéus

Repassando informações Curso Gerenciamento Costeiro, em Ilhéus.

Abraços

Tita



Contatos equipe GERCO: Bartolomeu Matos de Sales - 71 3115-6977 / 71 8119-2879
                                      Carolina Valente - 71 3115-6977
                                      Susane de Araújo - 71 3115-6977 / 71 8178-3015



sábado, 7 de março de 2015

Teatro em Serra Grande

Olá !!!

Venho através deste convidar você para o assistir a apresentação do projeto: Palco Grapiúna, no Box Estrutura de Arte e Gastronomia Serra Grande - Bahia - Brasil, no dia 07/03 (Sábado) em dois horários, às 17h e às 20h.

Valor do ingresso é de R$ 10,00 inteira e R$ 5,00 meia (estudante e professor).

Serão apresentados uma performance do poema saudade e duas peças, a comédia Virgens a Deriva e a peça que encantou a todos que compareceram na temporada de Itabuna, Sombras da Ouvidor.

Segue abaixo a sinopse:

SOMBRAS DA OUVIDOR
Uma tarde nublada, um menino, jornais do dia. Uma mulher, uma solidão, Sombras. Rio de janeiro 1906 rua do Ouvidor fim de tarde um dia comum de vendas para uma garoto simples até a aparição de uma jovem mulher. O que ela quer? De onde vem? Pra onde vai? O que ela realmente é?

Convidem os amigos e familiares e venham prestigiar esse projeto muito elogiado.

Att.:
Alessandro Makaha

quinta-feira, 5 de março de 2015

Trabalho em Rede

Car@s, bom dia!

Estava buscando entender melhor o trabalho em rede e encontrei  texto que compartilho abaixo. Me fez bem, desejo que possa auxiliar em nosso trabalho em rede.

Boa leitura!

Abraços,

Wilsa Mendonça
Serra Grande - BA


NOTAS SOBRE TRABALHO EM REDE

Carmem Lussi¨
Roberto Marinucci*

INTRODUÇÃO
A época atual está sendo caracterizada e moldada por um expressivo desenvolvimento tecnológico, sobretudo no que se refere aos meios de transportes e comunicação. Hoje é possível realizar longas viagens em tempos cada vez mais reduzidos e, sobretudo, é possível conversar com pessoas distantes ou participar de reuniões ou conferências permanecendo na própria residência, através da web. Enfim, o desenvolvimento tecnológico, em princípio, tem favorecido os contatos entre os povos, abrindo novos horizontes para a estruturação da vida pessoal e social.

Os processos internacionais produzidos pela globalização, trazem consigo, além da primazia da economia e dos princípios neoliberais, também amplas chances que podem ser canais e ferramentas para a construção de possibilidades e recursos abertos a todos, na perspectiva da “globalização da solidariedade” e da promoção e defesa dos direitos de todos e todas, independentemente de sua condição sociocultural e administrativa.

Neste contexto, tornou-se cada vez mais comum falar de “trabalho em rede”, enquanto nova forma de organização das atividades humanas. A simbologia da “rede” é significativa para a compreensão do conceito: a rede não é apenas a soma de cordas. É uma maneira de entrelaçar as cordas de tal modo que, juntas, conseguem adquirir potencialidades que ultrapassam as capacidades individuais de cada uma delas.

Em outras palavras, o trabalho em rede, além de ser uma forma privilegiada para somar forças, é também uma maneira de trabalhar de forma articulada que permite desdobrar as habilidades dos sujeitos envolvidos, garantindo uma maior eficácia no trabalho e maior eficiência nos resultados. A simbologia da rede permite também um olhar sobre os “nós”. Estes são necessários para o funcionamento do todo.

O termo “nó” é definido pelo dicionário de português como “entrelaçamento de fios”, mas também como “união, vínculo” ou “problema, empecilho”. Os nós permitem a um conjunto de cordas de se tornarem uma rede. Os nós nascem de um vínculo, de uma relação, de uma comunicação entre as partes envolvidas. Os nós malfeitos acabam prejudicando o trabalho do todo, se tornando um empecilho, um problema.

Aqui reside o maior desafio do trabalho em rede: como entrelaçar as cordas? Quais relações, quais vínculos estabelecer entre os sujeitos envolvidos na rede? Esta reflexão pode trazer luz quanto aos modelos possíveis de redes.

Algumas funcionam como redes horizontais, focalizadas na articulação entre partes iguais; outras são inter-relações focalizadas em um objetivo comum que contam com uma unidade especial que desenvolve o papel de centro, que mantém, dinamiza, articula, coordena seu funcionamento; outro modelo ainda, prevê mais centros, potencialmente de co-coordenação e fortalecimento do campo de articulação; entre outros modelos.

CARACTERÍSTICAS
É bom elucidar que, ao tratar o tema de um ponto de vista teórico, não existem respostas definitivas e exaustivas a esta reflexão. O tipo de relação entre as partes envolvidas no trabalho em rede, deve ser pensado e resolvido caso por caso, implicando todas as realidades interessadas.

No entanto, a apresentação mais ampla de algumas características do trabalho em rede pode auxiliar na compreensão mais aprofundada da questão. Antes de tudo, com a expressão “Trabalho em rede”, em geral, costuma-se designar um conjunto diversificado de ações de articulação entre diferentes sujeitos sociais.

Essas articulações podem ser de vários tipos, entre as quais se podem destacar:

- o apoio: a relação de apoio estabelece vínculos extremamente sutis entre os atores envolvidos; em geral, há um sujeito (ou mais de um) que desenvolve autonomamente e unilateralmente uma determinada atividade e pede o apoio externo de outros sujeitos que, por questões de afinidade ou outras razões, têm interesse na realização da mesma. O apoio pode ser entendido também como simples fornecimento de um determinado serviço ou recurso. A relação de apoio é comum quando existem dificuldades de comunicação ou interação entre as partes envolvidas, ou, então, quando a atividade realizada é uma ação específica e peculiar do sujeito que a promove.

- a parceria: a relação de parceria estabelece vínculos mais profundos entre os sujeitos envolvidos. Em geral, no planejamento das atividades todos os parceiros são implicados, embora não necessariamente de forma simétrica. A parceria exige que todos os interlocutores participem em todas as instâncias do processo no qual são parceiros, sobretudo nos processos decisórios.

Trata-se de um projeto comum, no qual atores diferentes podem desenvolver papéis diversificados, todavia, a responsabilidade e as metas são partilhadas. A busca de parcerias – simétricas ou assimétricas - é uma prática muito comum na organização de eventos ou na realização de atividades que exigem auxílios externos.

- a rede simétrica: na relação de rede os vínculos são ainda mais profundos. Em geral, o planejamento é realizado em conjunto, estabelecendo objetivos e princípios básicos de ação em comum. A relação é simétrica, pois exige de todos os sujeitos uma participação ativa de coresponsabilidade. Mesmo mantendo certa flexibilidade, ou seja, uma relativa autonomia das várias partes, a rede estabelece princípios e critérios gerais de ação que, na medida do possível, devem ser respeitados por todos, mesmo em projetos e atividades cuja participação local não seja conjunta.

O trabalho em rede é mais comum em atividades de médio e longo prazo, de ampla abrangência e que envolvem sujeitos afins espraiados em diferentes lugares geográficos.

- a rede assimétrica: a relação de rede, em alguns casos, exige um centro coordenador ou articulador, sobretudo quando a abrangência da rede é muito grande, os sujeitos envolvidos muito distantes e o acesso aos canais de articulação limitado. O princípio da participação ativa coresponsável dos atores sociais continua, mas gerenciado por um “Centro” encarregado de coordenar as atividades, claramente, sem poder decisório autônomo.

Além dessas quatro formas de organizar o trabalho, existem atividades pontuais, esporádicas, isoladas que se configuram também como tentativas de estabelecer contatos, relações, articulações entre sujeitos. Alguns exemplos: a organização de congressos ou outros eventos em que diferentes atores sociais trocam experiências; a publicação de livros ou revistas que relatam as próprias atividades; a lista de e-mail ou o sito Internet para a comunicação constante de informações, etc. Na realidade, essas atividades esporádicas teriam uma eficácia maior se inseridas no contexto e no planejamento de um trabalho articulado em rede.


VANTAGENS E DESVANTAGENS
Quais as vantagens e as desvantagens do trabalho em rede? O trabalho em rede, nas modalidades acima apresentadas, pode ter a vantagem de tornar o trabalho:

- mais qualificado, enquanto canaliza competências e diversidades que convergem na mesma direção, mirando ao alcance de um objetivo. A qualificação do trabalho deriva também do fato que a rede é sempre enriquecedora também pela multiplicação de perspectivas, no conhecimento das realidades, na sua interpretação e na visão das ações e dos processos a serem ativados, caso por caso.

- mais eficaz, enquanto valoriza etapas e investimentos realizados em circunstâncias similares ou afins, em outros lugares e por outras disciplinas e/ou atores. A eficácia das redes se manifesta também na convergência, que aumenta as possibilidades de alcance dos objetivos.

- mais abrangente, porque o limite de recursos, de alcance geográfico e temático, de resultado na relação trabalho-e-tempo, se não é superado, ao menos é limitado em suas consequências pelo trabalho em rede, porque a articulação ou coordenação otimiza o investimento e os resultados.

Por outro lado, existem também riscos ou resistências ao trabalho em rede provocados por diferentes fatores, nem sempre inerente intrinsecamente à metodologia e ao contexto do trabalho em rede. Entre estes se podem sublinhar: a falta de consciência em relação à importância de trabalhar em rede em certos ambientes, a justaposição que normalmente acontece entre o novo trabalho em rede e a precedente situação de vivência e trabalho, às vezes já acumulados, a dificuldade da compreensão do significado e das vantagens do trabalho participativo, entendido como contraposição à qualidade de investimento localizado e micro-contextualizado.

Pode-se destacar ainda: limites de conhecimentos e competências nas disciplinas e nas ferramentas que atualmente já são pré-requisitos para o trabalho em rede, como o uso de Internet. A experiência de trabalho em rede já mostrou a existência de algumas dificuldades que lhe são típicas, tais como o desânimo pela não visibilidade dos ganhos e das vantagens por parte dos sujeitos que a compõem, a falta de clareza em relação aos objetivos que justificam o investimento que a rede exige por parte de seus membros, a falta de tecnologia suficiente (computadores, Internet etc.) para o desenvolvimento dos processos desejados ou planejados, e, em particular, as metamorfoses pelas quais toda rede normalmente está sujeita, sobretudo aquelas relacionadas à quantidade de trabalho e à complexidade da gestão da mesma.

Uma das maiores dificuldades que a articulação em rede já revelou, de fato, é o envolvimento e a quantidade de investimento em uma rede, em todos os sentidos, tende a se multiplicar em ritmos mais acelerados que o da possibilidade de correspondente aumento de recursos humanos e materiais implicados.

A realidade migratória e a dimensão da comunhão eclesial sugerem, enfim, uma leitura mais abrangente de uma dificuldade basilar na perspectiva do trabalho em rede, que é potencialmente uma possibilidade fecunda; a saber, o desinteresse que pode ser ocasião de renovar e diversificar motivações para o compromisso, e a espiritualidade de comunhão que inclui a reciprocidade e cumplicidade na realização da missão, a qual por sua vez se renova e se alimenta constantemente na ação e na mística de quantos a compõem.


¨ Religiosa missionária scalabriniana, missióloga, diretora do CSEM – Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios
de Brasília/DF.

* Missiólogo, pesquisador do CSEM – Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios de Brasília/DF e Professor do
Instituto Teológico Open-ISB.

terça-feira, 3 de março de 2015

CONVITE Mutirão final de verão - VIVA AOS GUARDIÕES!


 Querid@s Guardiões,

é com muita alegria que queremos convidar a tod@s os guardiões de Serra para participar do último mutirão de limpeza de praia de verão!

Esse momento será para agradecermos a Divina Natureza e também celebrarmos o que cada um de nós tem ofertado no cuidado de Serra. E assim, indicamos que não só quem participou das ações que foi mobilizado no grupo guardiões, mas também todo aquele que no seu dia a dia, nas ações, sonhos e realizões é um guardião, venha participar desse momento!

Assim, no dia 15 de março estaremos nos encontrando às 7h30 no pé de Serra, em frente a Cabana File da Bahia e às 8h faremos uma roda de sintonia na Praia e depois iniciaremos uma limpeza no pé de Serra e Sargi. E às 11h faremos um lanche junt@s no Brazuka.

Fiquem a vontade para mobilizar sua família, amigos e pares. Recomendamos que leve água, boné e luva (quem tiver).

A tod@s muita luz  e até o mutirão!

Mayne