Com essa provocação na cabeça fizemos um World Café concentrado em três perguntas:
O que a gente entende como rede?
Qual o poder transformador das redes?
Quais valores e principios são importante para se trabalhar em rede?
Já na questão “qual o poder transformador das redes” o que ficou muito forte foi a importância do fazer junto, do poder do coletivo. Thomas Ufer deu um exemplo ótimo que foi repetido ao longo de todo o encontro de que o desafio das redes é ser “mais eco e menos ego”, ou seja, parar de olhar só para o seu lado (ego) e pensar e agir em prol do coletivo (eco). Além disso, foi destacado como atuar em rede também é uma maneira de valorizar potenciais individuais para o coletivo.
Além dessas três rodadas de discussões em torno das perguntas, o grupo ainda trouxe temas que não foram muito abordados nas conversas, mas que ainda queriam levantar. O principal deles foi a questão das “hierarquias naturais” que acabam se formando em rede, ou seja, grupos ou indivíduos que acabam assumindo o papel de referência, facilitador, porta voz ou até mesmo coordenador em um espaço que deveria ser totalmente horizontal. As principais conclusões foi a de que é natural que em rede as pessoas tenham formas de dedicação diferente e que algumas, com mais disponibilidade para aquele espaço, assuma um papel de referência e que precisamos saber lidar melhor com estas situações. Ou seja, não cobrando ou criticando, mas valorizando e potencializando as diferentes dedicações que cada integrante pode dar àquela rede naquele momento.
No mais, também foi levantada a questão de se as redes precisam de recursos financeiros para existir. A conclusão foi a de que em muitos caso, dependendo do objetivo final da rede, ela vai sim necessitar investir recursos e não há problema nisso e que também aprender a falar sobre isso e buscar as melhores fontes para se financiar necessidades das redes é necessário nestes espaços.
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